14 julho, 2011

Pedro Passos Cobarde


Pedro Passos Coelho assumiu por inteiro a responsabilidade de isentar todos os rendimentos de capital do novo imposto extraordinário - notícia avançada esta manhã pelo DN.

Face aos estudos que lhe foram apresentados pelas Finanças não hesitou em tomar assim a decisão, em consonância com o ministro das Finanças, garantiram esta manhã duas fontes do governo ao DN, contrariando uma informação adiantada ontem por outras fontes que davam como certo que o chefe de Governo tinha tentado que as mais-valias e juros de aplicações financeiras fossem englobados na medida.

Entre os mais próximos do chefe de Governo, garante-se que a decisão teve como base "apenas" a "estabilidade do sector financeiro e a sua capacidade de cedência de crédito à economia", que Passos sabe estar já em situação difícil e que não quer arriscar fragilizar mais. A questão da inconstitucionalidade, embora tenha sido levantada, não terá pesado na decisão.

Há mesmo no Governo quem mostre preocupação com uma mensagem: não só há total consenso entre Passos e Vitor Gaspar nesta polémica decisão, como Passos não hesitará em dar a cara por ela.


Traduzindo: o nosso novo primeiro-ministro de merda não tem tomates para tributar quem tem mais dinheiro e quem daria mais dinheiro. Nunca ninguém tem. Foi assim que chegamos até aqui.

Vale tudo pela “estabilidade financeira”. Que se lixe a instabilidade das famílias. Façamos sacrifícios para não “fragilizar ainda mais a situação bancária”. Estabilidade? Vivemos os dois no mesmo mundo? Que estabilidade?!

Continuemos a não fazer nada que esta situação de vassalagem ao sistema financeiro se perpetue. Continuemos porque este é o caminho. O caminho para que crises do género da que vivemos continuem a acontecer ciclicamente. Até ao dia em que já não vamos ter mesmo dinheiro para continuar a sustentar pançudos.

4 comentários:

Navajovsky disse...

o problema é que julgo que já está a chegar o dia...

Cirrus disse...

Grande Sara!

Sara non c'e disse...

Não não, Navajovsky. Esse dia chegará quando sairmos à rua. Quando realmente já não tivermos mais nada a perder. Ainda não chegámos lá. Infelizmente, havemos de chegar...

Dylan disse...

Acho que este ainda consegue ser pior do que Sócrates. O lobby laranja, rançoso, vai esfregando as mãos de contentamente, aliás, como desavergonhadamente o fez durante a campanha das legislativas.