27 janeiro, 2009

Dear Rome
(acredita que em português não fica tão bonito)

Como estás? há exactamente 11 meses que não te vejo! Deves estar mudada! Pronto, as ruínas e tal não mudam há uns quantos séculos, mas tens sempre tanto para mostrar, tanto para contar!
Por aqui, o mesmo de sempre. Acabei aquilo que me levou a abandonar-te 6 meses mais cedo. Acho que não compensou (a nível profissional porque a outro nível tive a sorte de uma vida), visto que perdi o ano na mesma e agora não tenho perspectivas de trabalho, mas se tivesse simplesmente desistido não te ía aproveitar de consciência tranquila. Além disso o nosso grupinho não seria o mesmo nesses 6 meses de bónus, mas estavas lá tu. E tu és única! Tu serás sempre tu.
Ah como tenho saudades tuas... esse sentimento tão português e tão particularmente meu... Quando me dá, fico assim, gratuitamente lamechas e deprimida, a pensar no quanto dava para estar contigo agora... Tenho saudades do ambiente em casa, de sair com a Ana, das visitas estúpidas do Francisco, das noites de "estudo" com a Ana e a Rita mais o leite-creme da praxe, das sessões de cinema e de poker com o Hugo, das cantorias do Luís, da festa diária no 87, de tropeçar a cada esquina num pedaço de História, de conhecer algum lugar ou alguma pessoa todos os dias, até da porcaria das discotecas da moda eu tenho saudades, caramba!
Tenho saudades da liberdade total e da quase ausência de rotina. Quando a rotina é tão maravilhosa e tem um tempo de vida delimitado, até custa chamar-lhe rotina. Rotina é o que eu tenho aqui... triste e aborrecida... só é quebrada quando saio à noite ou me mando pra Lisboa, o resto é um pesaroso sobreviver diário.
Ah, minha eterna amiga, companheira e amante... sei que já me esqueceste. Fui apenas mais uma e não deixei marcas. Como eu, chegam aí aos milhares e, invariavelmente, apaixonam-se por ti. Ma come no? E apesar de eu não ser ninguém para ti, tu serás para sempre o meu eterno amor e eu vou recordar para toda a vida cada momento que passei contigo.
Um dia eu volto.

Sempre tua,

S.

2 comentários:

Anónimo disse...

Foi esse o tipo de saudades que o Porto me deixou. Ás vezes custa mais sentir a falta de um lugar do que de uma pessoa (mais não seja porque a pessoa pode vir até nós e o lugar não, tem de ser ao contrário).

Quando estiveres em Lisboa diz qualquer coisinha ok? =p pode ser que te apegues a Sintra city.

Ânimo!

Biju*

R. disse...

grande carta de amor :)