01 março, 2013

Causas de um Portugal em crise

Dois homens conhecidos pelas análises que fazem à crise, duas visões antagónicas, duas cabeças com capacidades cognitivas muito diferentes.

Camilo Lourenço, o comentador omnipresente, defende, entre outras pérolas, que os licenciados em história e os professores não servem para nada se não podem ser aproveitados para a economia. "Que avisa que "se houver eleições, emigro", Que defende que a Troika devia continuar em Portugal e incentiva Merkel: "Dá-lhes Angela, dá-lhes. Com força!!!". Que defende que os zés ninguéns desta vida, como eu, andaram a "viver acima das suas possibilidades" e que naturalmente merecem tudo o que está a acontecer.

Do outro lado temos Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, capaz de análises aprofundadas e que acaba de partilhar a visão de um professor de História da Universidade de Columbia, mostrando que a história é do mais importante que podemos ter na sociedade.

"Those preaching austerity probably do not see themselves as contributing to a crisis of democracy, but they are. The Italian elections should remind Eurozone leaders to pay attention to their voters. Economic fixes have failed to staunch a political crisis that has the capacity to harm not only EU integration, but the legitimacy of the continent’s democratic order itself."
Mark Mazower, in Financial Times,1 de Março de 2013.

Ora... Pedro Santos Guerreiro tem 4727 seguidores no Facebook. Camilo Lourenço tem 58 886 e um livro no top dos mais vendidos em Portugal.

Sinceramente: não havemos de estar na merda enquanto país?!