Este fim-de-semana, disse-me um jornalista que cobriu a campanha eleitoral do PSD que Passos Coelho era uma pessoa "muito coerente". Eu gostava muito que ele lesse este post. Mas como eu não gosto que pessoas que eu conheço leiam os meus posts, ou sequer saibam que eu tenho um blogue, paciência.
Mas vou escrever na mesma, porque a alternativa é ir lavar uma pilha de louça ou - pior ainda - começar a escrever uma tese de mestrado. Não queremos isso.
A piada de ler jornais antigos é que se encontram facilmente declarações embaraçosas. Podem-me acusar de ter escolhido um alvo fácil: Pedro Passos Coelho parece ter dupla personalidade (ou ausência total de personalidade? A questão é pertinente), logo é fácil encontrar mentirinhas.
Como naquele distante 29 de Março de 2011, em que Passos Coelho disse que a ideia de que o PSD vai aumentar o IVA "não tem fundamento". Enfim, cabalas contra o PSD em época eleitoral. Claro que, menos de quatro meses depois, já está decidido que o governo vai subir o IVA já em Julho. Mas tinha razão: não é o PSD que vai subir os impostos, é o governo, a coligação! Dizer que é o PSD não há-de ter fundamento.
Mas neste outro caso, não há por onde fugir. O PSD chumbou o PEC IV de José Sócrates porque, e passo a citar: o PEC "mantém a receita preferida deste governo: a solução da incompetência. Ou seja, se falta dinheiro, aumentam-se os impostos".
O jornalista com quem falei e Pedro Passos Coelho. O primeiro, a meu ver, não tem razão quando diz que o segundo é uma pessoa coerente. Mas eu consigo encontrar um ponto em que concordo com Passos Coelho. Foi ele mesmo que o disse, e está ali, no meu penúltimo parágrafo, para que ninguém esqueça.
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