09 outubro, 2011

Nação demente e imoral

Parece que Alberto João Jardim conseguiu nova maioria absoluta na Madeira, tendo já mais anos de governo do que Estaline, Nicolae Ceauşescu e dando mesmo uma coça a Robert Mugabe no que toca a longevidade. O objectivo será apanhar, primeiro Salazar, depois Fidel Castro. Tudo gente de bem.

Diferença: Alberto João Jardim é eleito democraticamente (considerando que o que se passa na Madeira pode ser chamado de democracia). Alberto João é um misto de Isaltino Morais, Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro com Pinto da Costa (cujo sonho, por sua vez, será ter tantos anos de mandato quando Jardim). O senhor "rouba mas faz", usa dinheiro que não é dele, ao mesmo tempo que, tal como pintinho, adora recorrer à vitimização, à técnica do "estão todos contra a Madeira", como se o Continente fosse uma espécie de Alemanha dos anos 30 e 40. Jardim adora verborrear contra o governo, seja ele qual for (excepto quando o governo lhe transfere verbas extra para ajudar a Madeira em tempos de necessidade). Mesmo quando esse governo é do seu próprio partido, e do qual ele acaba por tirar vantagens.

Jardim convive mal com aquela coisa chata que é a liberdade de imprensa. Convive mal com a liberdade de expressão quando não é ele a expressar-se. Não gosta lá muito também da liberdade partidária (aquela coisa incompreensível que é existirem mais partidos na Assembleia da Madeira que não o seu).
Convive mal com liberdades em geral, vá, desde que sejam as suas liberdades.


Posto isto, o que faz o povo madeirense?

Volta a eleger este energúmeno com maioria absoluta.

Sim senhor. Aplaudo de pé a inteligência, a integridade (e algum umbiguismo que eu até consigo compreender) dos eleitores madeirenses - especialmente aqueles que foram votar à boleia em carros de entidades públicas.
Os meus parabéns. Festejem muito hoje.
Mas preparem-se porque, mais cedo ou mais tarde, a realidade também vos vai bater à porta.

25 comentários:

Navajovsky disse...

Até se me revolta o estômago, esse asqueroso e todos os que votam nele, como se roubar alguma vez fosse legítimo

Sara non c'e disse...

vale roubar, desde que não seja a nós. É este o espírito!

Cirrus disse...

Vou partilhar, Sara. Deixas? Deixas? Tarde demais.

Sara non c'e disse...

Ai Cirrus, que este texto está trapalhão e pouco apurado, com certeza... Mas obrigada :)

Cirrus disse...

"Já fosses!"

Pronúncia disse...

Sara, antes de mais quero deixar claro que não gosto do Aberto João, não votaria nele, não o defendo, antes pelo contrário. Mas posso não gostar do Alberto João, mas GOSTO MUITO dos portugueses naturais da Madeira.

Os portugueses da Madeira são tão íntegros e inteligentes como a maioria dos portugueses do Continente.
Não esqueçamos os que votaram 2 vezes no pseudo-engenheiro (mesmo com processos Freeport, contas em offshores mal explicadas, diplomas ainda mais mal explicados, polémicas de projectos em autarquias, perseguição a quem quer que ousasse dizer mal dele, especialmente jornalistas).
Não esqueçamos os que votaram nos Isaltinos, nas Fátimas Felgueiras, e nos Mesquitas Machados deste país (este está no poder aos mesmos anos que o AJ, por exemplo).
Irregularidades/ilegalidades nas eleições na Madeira? São um facto... mas são EXACTAMENTE a mesma coisa que acontece no interior do País em QUALQUER eleição. Parece-me que o problema não é exclusivo da Ilha, mas antes de uma País inteiro e de uma CNE que não faz o seu trabalho como devia.

Sara non c'e disse...

Pronúncia, eu digo mal dos madeirenses como digo mal de quem vota no Valentim, na Felgueiras ou no Isaltino. Nesta medida, os madeirenses não são mais do que ninguém para estarem acima de críticas. E na minha humilde opinião, cair na esparrela do "estão todos contra nós", "a culpa do buraco é da maçonaria", "fiz isto por vós", etc etc, é não só fruto de estupidez como de egoísmo. Mais: para mim, a situação da Madeira é a mais flagrante de todos os casos que enumeraste. O meu post é sobre a Madeira. Devo elogiar o povo madeirense por votar no jardim? Eu cá acho que não.

Pronúncia disse...

Sara, não não deves. Mas deves analisar resultados eleitorais e não meteres TODOS os madeirenses no mesmo bolo.
Se não me engano, a abstenção foi de 47%. Dos 53% que votaram, menos de metade (47%) votaram no AJJ (sim, perdeu a maioria dos votos, teve a maioria no parlamento porque o método de Hound é o que sabemos)), logo a GRANDE MAIORIA dos madeirenses NÃO VOTOU no dito senhor.

Porque é o mais flagrante?! Por duas razões:
1- Por ser uma região autónoma (em Portugal só há duas);
- por ter muito mais tempo de antena que os restantes casos flagrantes, tempo de antena esse que o deve a um bronco chamado AJJ. É só por isso que é mais gritante e flagrante.

Só quis deixar aqui um reparo, por todo o respeito, consideração e admiração que tenho pelos madeirenses (conheço-os bem), e por me custar ver tanta generalização, normalmente feita por quem não conhece sequer a região, a realidade da mesma e muito menos os portugueses naturais da ilha... e insistir em confundir a árvore com a floresta... só isso.

Pronúncia disse...

No comentário anterior enganei-me. Foram cerca de 57% dos eleitores que votaram, o que faz com que a abstenção tenha sido de cerca de 43%.
48.56% dos votantes votaram no PSD, o que significa que são 27,8% dos eleitores madeirenses os que escolheram AJJ.

Sara non c'e disse...

A premissa em que assenta o teu comentário não faz sentido, porque eu nunca me dirigi a todo o povo madeirense!
Pronúncia, levar a crítica que faço às opções dos eleitores madeirenses como um insulto directo a todos os madeirenses, parece-me exagerado. Eu também conheço madeirenses, não deixo de lhes falar por causa das suas opções partidárias (ainda ontem estive a debater estas coisas com um madeirense da JSD cujo pai autorizou o transporte dos eleitores em carrinhas da Electricidade da Madeira). Conheço-o há anos. A maneira como exponho a minha opinião no post é simplista, mas acho que se percebe que não é pessoal. Eu não odeio madeirenses (embora odeie muito o seu presidente).

Nunca falei em "todos os madeirenses", dirigi-me aos eleitores que votaram no Jardim. Para mim, votar num gajo como Jardim não abona a favor de quem o faz. Tal como apoiar um ditador não me faz ter lá muito respeito por quem acha que um ditador merece governar. E por aí fora.

Revejo-me ali no comentário da Navajovsky, que percebeu o que eu escrevi.

Ah, e discordo das razões que apontas para justificar que seja o mais flagrante. Queres maior personagem do que Valentim Loureiro? Quanto tempo de antena teve este homem nestes anos todos? Além disso, considero-o também um bronco. Uma das minhas melhores amigas vota nele. Porque "rouba mas faz", e porque ela vê como evoluiu a cidade durante o mandato dele (ela mora no centro). Não é por isso que deixo de lhe dizer que é naba. Ainda que eu consiga compreender esta perspectiva (o tal umbiguismo que refiro no meu post).

Resumindo, acho que levaste o meu post para onde ele nunca esteve: desconsideração por todo o povo madeirense. Há aqui apenas desconsideração por quem votou no homem. Parece-me óbvio...

Pronúncia disse...

Compreendi mal.

Mas Sara, perguntas, num parágrafo isolado a que dás destaque, "O que faz o Povo madeirense?"

A seguir, "aplaudes de pé os eleitores madeirenses"... ora, mesmos estes não votaram maioritariamente no PSD.

Por isso, peço desculpa por afinal não me ter parecido assim "tão óbvio".

Sara non c'e disse...

Nunca me passou pela cabeça que alguém fosse achar que eu ponho um povo inteiro no mesmo saco. Daí não ter o cuidado de repetir, parágrafo a parágrafo, "os eleitores madeirenses que votaram Jardim". Se bem que quem se abstém nestas eleições sabe bem para o que está a contribuir. Essa percentagem que avançaste, dos 27%, pode não ser assim tão linear...

Pronúncia disse...

Sara, estou farta de tanto impropério contra os madeirenses em geral, especialmente por quem não conhece absolutamente nada da Madeira e muito menos os madeirenses.

Estou farta de os "continentais" tratarem os madeirenses por "Povo madeirense", quando a serem um Povo, são o mesmo que eu ou tu... Povo Português.

Estou farta das baterias que se apontam ao "Povo da Madeira" como se ele fosse o culpado de todos os nossos problemas, sem se apontar também os do "Povo Lisboeta", "Povo Portuense", "Povo Bracarense"... e por aí fora.

Estou farta de olharmos para os restantes portugueses como se fossem uma raça à parte em vez de olharmos para o território como um todo (ilhas incluídas) e como estarmos todos exactamente no mesmo barco por sermos todos portugueses.

Por estar farta disto tudo, e mais umas quantas coisas relacionadas com política, politiquices, políticos, politiqueiros, e afins, admito que podes ter "levado por tabela"... peço desculpa por isso!

(quanto aos 27%, as estatísticas são o que são... como diria Bocage "eu comi 1,5 galinhas, tu comeste 1/2, mas as estatísticas dizem que comemos 1 galinha cada um"... o mesmo se aplica às estatísticas da famosa dívida, dos famosos subsídios, das famosas obras e por aí fora)

Sara non c'e disse...

Pelos vistos, o "povo madeirense" parece gostar de ser assim tratado, uma vez que o primeiro a usar e abusar dessas denominações e separações é o seu presidente, que desde há 33 anos ganha com maiorias absolutas. Percebo o que dizes, mas acho que a Madeira (o seu governo), neste momento, merece ser criticada e merece ter os dedos apontados, e merece que lhe digam que também tem de tentar pôr as contas em ordem. Porque, lá está, os sacrifícios são para todos os portugueses (ou deveriam ser). Tal como merecem os políticos do continente, tal como merecem os gestores incompetentes e gananciosos de empresas públicas falidas, tal como merecem os beneficiários do RSI que nunca se mexeram e se acomodam a esta condição (antes que me corrijas, obviamente que não são todos), tal como merecem os que deturpam o sistema social (ab)usando dele sem precisarem, tal como merecem os ricos que fogem aos impostos. Cada um destes grupos já teve a sua quota de atenção na imprensa. Chegou a vez de pormos os olhos na Madeira. A Madeira tem um governo regional, é uma Região Autónoma, daí a distinção entre Madeira e Porto ou Braga.

Acho que quem critica a Madeira está, acima de tudo, a criticar o seu governo, e quem critica as opções partidárias dos madeirenses está a criticar aqueles que votaram no Jardim. Para mim, pelo menos, é simples, nem faria sentido de outra forma.

Pronúncia disse...

Lá está Sara, mais uma vez dizes "Pelos vistos, o "povo madeirense" parece gostar de ser assim tratado, uma vez que o primeiro a usar e abusar dessas denominações e separações é o seu presidente, que desde há 33 anos ganha com maiorias absolutas"... não estarás a confundir os madeirenses com o seu presidente?!

E porque ganha ele com maioria absoluta desde há 33 anos?! Já te perguntaste, porquê?! Pergunta-te, pesquisa e talvez encontres a resposta...

Quanto ao resto do teu comentário, não poderia estar mais de acordo.

Salvaguardo uma única excepção, a exposição não foi a mesma, numa é uma região e todos os seu naturais que são expostos, como sendo todos iguais, nos outros casos, são grupos dispersos pelo País. E a Madeira é sempre exposta nos Media pelos piores motivos e mais alguns.
Lembro-me há uns anos quando a pedofilia apareceu na Comunicação Social como sendo um problema exclusivo da Madeira e dos meninos pobres de Câmara de Lobos (que infelizmente os há, e muitos). Lembro-me de nessa altura eu ter dito para se olhar também para o que se passava no continente e não apenas para a Madeira e ser chamada de "defensora de pedófilos"... e lembro-me de uns anos a seguir rebentar o caso Casa Pia... lá tiveram então, finalmente, os "continentais! que olhar para o que se passava mesmo no seu quintal. É que é fácil apontar o dedo aos outros, estão lá longe, não somos nós...

Há muito "boa gente", e uma grande parte dessa gente são teus colegas de profissão, que olha para a Madeira como "a mãe de todos os males e todos os vícios"... mas não olham com a mesma lucidez para "Lisboa"... até os compreendo, sou capaz de saber onde lhes dói.

É a velha premissa a funcionar, "o País é Lisboa... o resto é Província"... nisso continuamos muito "provincianos" e pequeninos, não evoluímos absolutamente nada.

Sara non c'e disse...

Pronúncia, o "povo madeirense" estava em aspas por alguma razão! Não me posso estar aqui a repetir até à exaustão, acho que já dei a entender as minhas convicções. E tenho em crer que, tal como olhaste para o meu post e achaste que odiava tudo o que era madeirense, acho que talvez estejas a interpretar mal a maior parte das coisas que se dizem sobre a Madeira.

Desculpa, mas como é que queres que dissocie os eleitores madeirenses do seu presidente, se são eles que o escolhem? Serão eles vítimas do presidente? Ou estarão com medo de mudar, uma vez que mais de 30% dos empregos na Madeira são públicos, toda uma teia de conhecimentos e favores, algum medo, não só de ser discriminado por pensar diferente (relembrar o caso da freguesia ou conceljho, já não me lembro, que elegeu um presidente de outro partido, e que Jardim admitiu vir a discriminar), mas de perder regalias?

É mais fácil para a mente humana organizar e catalogar as coisas em grupo. Os 'casapianos' não foram todos violados, mas quando um jornalista fala dos alunos da Casa Pia no âmbito do processo Casa Pia, percebe-se a quem se está a referir... Os habitantes de Felgueiras na altura da Fatinha e do Saco Azul. E o grande povo de Amarante, que não deu a vitória a Avelino Ferreira Torres (cataloga-se para o bem e para o mal, percebendo-se sempre de quem se está a falar).

De resto, quando dizes que a Madeira é exposta sempre pelos piores motivos... Não são todas as regiões praticamente? A imprensa dá mais destaque pela negativa do que pela positiva.

Acho simplesmente que chegou a vez da Madeira sofrer um olhar crítico, muito graças ao seu governo. E em plena maré crítica, o que fizeram os madeirenses? Reelegeram Jardim com maioria absoluta. Esta é a verdade. E esta verdade, para mim, é triste, como tantas outras coisas tristes que já critiquei e que nada têm a ver com a Madeira...

Pronúncia disse...

Mais uma vez, concordo com o que dizes, mas continuo a afirmar que a descriminação quanto à Madeira é muito maior que a que se verifica para o resto do continente... talvez porque é, como dizes, mais fácil catalogar em grupo e os de Portugal Continental acabam por se diluir no território continental, enquanto os madeirenses estão lá longe, são um território e um país à parte (quanto aos Açores não me pronuncio por conhecer mal a região e o seu "povo").

É um facto que os madeirenses (não maioritariamente, leia-se) elegeram novamente AJJ para seu presidente e, continuando eu a concordar contigo que o homem é um bronco entre outras coisas bem piores, e sinceramente acho que deveria responder pelos crimes que cometeu e ser punido por eles (como tantos outros, mas que continuam a levar uma vidinha muitíssimo boa, como se não se passasse nada), mas continuo a deixar a pergunta que já fiz "Porque é que isso acontece?"... e tu em parte já me deste a resposta em comentários anteriores.
Se eu concordo com isso?! Não, não concordo. Se eu votaria AJJ?! Não, não votaria, nem nestas nem nas antes destas e provavelmente nem nas anteriores (mas nas primeiras eleições a que ele concorreu, se eu fosse madeirense, podes ter a certeza que teria tido o meu voto).

Há 20 anos que conheço bem a realidade madeirense.

Sara non c'e disse...

"Se eu concordo com isso?! Não, não concordo. Se eu votaria AJJ?! Não, não votaria, nem nestas nem nas antes destas e provavelmente nem nas anteriores".

Porquê?

Pronúncia disse...

Já te respondi no comentário anterior, no mesmo de onde retiraste essa pergunta...

Sara non c'e disse...

Os eleitores madeirenses elegeram, nas tuas palavras, um criminoso. Isto é altamente criticável. E eu critiquei... De forma contundente, porque a situação é mesmo grave. Mas percebo o que dizes e o que sentes quando lês críticas à Madeira que tu tomas como um todo.

Pronúncia disse...

27,8% dos eleitores madeirenses elegeram uma besta...

Eu não tomo a Madeira como um todo... eu tomo o País, que ainda é o meu, por um todo. Do Minho ao Algarve passando pelas ilhas. E custam-me muito estes "bairrismos" tão tipicamente portugueses...

Sara non c'e disse...

Esses 27%, parecendo um número baixo, são uma maioria absoluta. E 48% não mexeram o cu para ir votar (seja por que motivo for, esses 27% não são estáticos com 48% de pessoas que nada fizeram para mudar absolutamente nada.

E não és tu que tomas a Madeira como um todo, o que disse foi que tomas as críticas a quem pôs Jardim onde está como a Madeira como um todo. Erraste comigo, erraste noutras considerações, terás acertado noutras, certamente.

Pronúncia disse...

Sara, a abstenção é o que é, e se já critiquei muito quem não levanta o cu para ir votar, cada vez os compreendo mais... cada vez menos os políticos merecem a deferência de eu me dirigir a uma mesa de voto para exercer o meu direito/dever de votar.

Como diz um amigo meu "Eu já não os peço competentes... já só os peço sérios"... mas isso é uma utopia, não é?!

Eduardo Santos disse...

Olá.
“Tropecei” neste artigo e gostei imenso. Vou passar a visitar e recomendar.
O problema deste país está nas lentes de contacto naturais que já nascem com as pessoas ou se vão formando ao logo da sua vida.
A maior parte dos portugueses possui junto à retina um filtro colorido que lhes faz ignorar tudo o que de mal se passa numa determinada cor (a da sua escolha) e apontar o dedo a todas as outras. Tanto na política como no Futebol.
Só assim se compreende que largos grupos de portugueses ignorem a (falta de) moral PROVADA nas escutas telefónicas de Pinto da Costa e de José Sócrates.
Distorcem e adaptam os valores éticos de acordo com o seu filtro procurando desculpas para os da sua cor com a mesma avidez com que juntam argumentos para atacar as cores contrárias. E ainda acrescentam perolas do género “os outros também fazem”, “já se esqueceram do…”, “rouba mas faz obra” ou como muito bem escreveu, recorrem à vitimização.
Com Alberto João Jardim passa-se o mesmo que se passou com Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e demais caciques que, mesmo sem escutas, é por demais evidente a imoralidade das práticas.
Mas o filtro colorido faz com que as noções éticas sejam específicas para o “nosso” grupo e diferentes para os outros. Encara-se a política como o futebol: “o malandro deu uma cabeçada nos pitons da bota do nosso rapaz”.
Enfim, é o país que temos, tão ao agrado dos políticos: povo que não pense é um bom povo para votar em nós. Se não for nestas eleições será nas próximas.
Para finalizar gostaria de lamentar que mais de 70% dos habitantes da Madeira tenham contribuído directa (27.68% com o voto) ou indirectamente (43% com a abstenção) para a eleição de Alberto João Jardim.
A abstenção é tão responsável pela eleição de Alberto João Jardim foi na eleição de José Sócrates. Quem não vota “deixa andar” e se “deixa andar” tem a culpa de não escolher nas restantes alternativas.
Apenas o voto em branco é uma manifestação contra todas as opções apresentadas.

Não há nenhum português habitante do continente que não goste da Madeira ou dos portugueses habitantes da Madeira.
Existe é quem não goste que uma esmagadora maioria deixe Alberto João Jardim governar.

Sara non c'e disse...

Eduardo,
Obrigada pelo comentário. Concordo plenamente com tudo o que disse, à excepção de considerar toda a abstenção como conivência com o regime jardinista. Há simplesmente quem não se reveja neste sistema eleitoral e dele não queira participar, por não ser representativo, ou por outras razões. Ou quem não tenha podido mesmo ir votar. Mas estes serão provavelmente uma minoria.