09 setembro, 2011

Pearl Jam Twenty

As comemorações dos 20 anos dos Pearl Jam só começaram a mexer comigo depois de começar a ver os vídeos do festival em Alpine Valley, que alguém fez o favor ao mundo de gravar. Mas o que me fez avançar para um post lamechas foi o visionamento do documentário Pearl Jam Twenty, realizado por Cameron Crowe.

Vou só falar sobre os concertos de aniversário. Só com uma grande dose de esforço eu teria conseguido ir. A coisa era tão difícil que pouco mexeu comigo. Se soubesse o que sei hoje, provavelmente tinha ido até ao fim do mundo.

Mais do que dois concertos, foram dois momentos de celebração conjunta. Quais foram as bandas do movimento grunge que chegaram aos 20 anos de vida? Muitos dos intervenientes do movimento nem sequer vivos estão, vítimas sobretudo de overdose (e de um tiro na cabeça). Foram tempos difíceis, tempos sujos, tempos que passaram muito depressa do método “do it yourself” para a grande moda mundial, corroendo o espírito grunge.
Os Pearl Jam souberam sobreviver a tudo isto. Quem me dera ter estado lá para lhes cantar os parabéns

Como é habitual neles, o seu momento transforma-se num momento partilhado. Foram vários os convidados dos concertos, mas dois são especiais. Em primeiro lugar o vocalista de Green River e Mudhoney, Mark Arm,; em segundo Chris Cornell, que tornou possível uma reunião de Temple of The Dog, o projecto tributo formado logo após a morte de Andrew Wood, e que possibilitou o nascimento dos próprios Pearl Jam. Todos eles compareceram em Alpine Valley para celebrar.


Gostava de ter lá estado. De ter cantado com eles a primeira das primeiras (Release) até à última, a habitual Yellow Ledbetter. De ter sorrido na Smile. De me recordar de momentos e pessoas específicas, para sempre ligadas a esta ou aquela música. Os Pearl Jam têm 20 anos e eu tenho 11 anos deles. Eu cresci com eles. Ao longo do tempo fui-me desligando e ligando pontualmente, mas de cada vez que eles aparecem eu lembro-me porque é que eles são e serão sempre especiais. Porque são efectivamente parte do meu crescimento e da minha vida.

A melhor música vem habitualmente nos momentos mais difíceis. Deixando o meu egoísmo de lado enquanto fã, fico contente por ver que, 20 anos depois, eles estão em paz.
Never thought we would
Never thought we could

I'm glad we made it
Oh, I'm sooo glad we made it
So glad we made it
'til when it all got good



Nota: O documentário de Cameron Crowe vai ter um visionamento único a 20 de Setembro em Lisboa, Porto e Coimbra. Os bilhetes custam 10 euros, mas de fã para fã: valem a pena.

5 comentários:

M. - Fios Sem Fim disse...

É-me difícil resumir tudo o que sinto por esta banda num texto simpático à leitura. É-me sobertudo difícil exprimir no que a ela diz respeito... e depois ou uma choramingas por natureza e verto lágrimas facilmente...

E esta é a banda que me fez apaixonar pela música, é a banda que me trouxe muitas das pessoas que hoje são minhas amigas, é a banda que me faz chorar em concertos qual miúda e ficar feliz sem conseguir articular nada que faça grande sentido!

Porque não quero estragar o que escreveste vou acrescentar apenas que acho que resume tudo!

It's all state of mind! <3

Navajovsky disse...

Ainda bem que mo dizes, porque quando ia a comprar e soube o preço ainda tive ali 7 segundos de hesitação e chateei-me um bocadinho com eles. Espero reconciliar no dia 20.

Sara non c'e disse...

Acredito que a reconciliação vai acontecer. O documentário é lindo...

Catsone disse...

Colega jammer, em Coimbra vai ser onde exactamente?

Sara non c'e disse...

Catsone, no Dolce Vita! Já tens bilhete?