11 abril, 2011

A nobreza do costume

Fernando Nobre conquistou respeito na política portuguesa graças aos seus 14% de votos nas eleições presidenciais de 2010. 14% para um cidadão independente, desconectado de qualquer partido, é bem bom.

O que fazer com esses 14% de votos num independente? A resposta, para Fernando Nobre, é óbvia: juntar-se a um partido. Andamos a dormir nas duas últimas eleições presidenciais, não foi? O exemplo de Manuel Alegre e o seu “milhão de votos” diminuídos na eleição seguinte, em que se viu apoiado não por um, mas por dois partidos, de nada serviu, não foi?

Isto mostra muita coisa, mas eu destaco uma: o PSD e Fernando Nobre são, como dizer… estúpidos. O PSD achou porventura que aqueles 14% iam direitinhos para ele. Não perceberam que aqueles 14% representam o cansaço que as pessoas acumularam face aos partidos políticos de sempre? Face a um sistema que cada vez parece mais viciado, mais egoísta, mais podre?

Sou demasiado preguiçosa, mas deixo o desafio a quem tiver mais paciência: encontrar declarações da campanha anterior em que Nobre faz criticas aos partidos e ao centrão. E em que exalte a independência. 
3, 2, 1… Go!

4 comentários:

Pronúncia disse...

Não esquecer que em 2009 foi mandatário nacional do BE às Eleições Europeias e antes disso integrou a comissão de honra e a comissão política de Mário Soares às Presidenciais

Por este andar já só falta experimentar o CDS e o PCP...

Incoerência?!

Sara non c'e disse...

Oh meu deus... é pior do que eu pensava! Hoje mostraram-me um vídeo dele dessa altura do BE... triste...

Cirrus disse...

Palhaçada!

Piston disse...

Conquistou o quê?
O homem nunca conseguiu disfarçar que está senil.